sábado, 9 de fevereiro de 2008

E aí? Qual a sua?

Quem aqui nunca ouviu pessoas falarem que as coisas são mesmo desse jeito ou que não adianta tentar “salvar o mundo”? Uns acreditam que o homem está totalmente condicionado e determinado por forças sobrenaturais, divinas, entidades, espíritos e Deus(es). Outros, por sua vez, fazem do homem uma criatura totalmente insignificante diante das forças econômicas que movem o mundo, estejam elas atuando por meio da “luta de classes” ou da “Grande Mão Invisível”.


Isso não passa de uma grande mentira!Tentativas de justificar nosso conformismo e inação, de afastar nossa responsabilidade.


O homem é o verdadeiro sujeito de sua própria história. Como diria Paulo Freire:


“Não posso, por isso, cruzar os braços fatalistamente diante da miséria, esvaziando, desta maneira, minha responsabilidade no discurso cínico e “morno”, que fala da impossibilidade de mudar porque a realidade é mesmo assim”.


Se existe injustiça, é porque o homem a criou. Se ela perdura, é porque o homem a deixa perdurar. Somos inteiramente responsáveis, em nossa ação ou omissão, pela existência das guerras, ódio, preconceito, fome e miséria.


O mal que afeta um semelhante, que afeta o meio ambiente, sempre volta-se contra nós, ainda que de forma indireta. Sofremos com a criminalidade porque deixamos que exista miséria. O mundo teme o terrorismo porque não soube combater o preconceito e a intolerância. Sem contar que já começamos a pagar o preço de nosso descaso com o meio ambiente.

Como já dizia Henry David Thoureau:


“Realmente, nenhum homem tem o dever de se dedicar à erradicação de qualquer mal, mesmo o maior de todos os males. Esse homem pode muito bem ter outras preocupações que o ocupem. Mas ele tem pelo menos a obrigação de lavar as mãos frente à questão e, no caso de não mais se ocupar dela, de não dar qualquer apoio prático à injustiça. Quando me dedico a outras metas e considerações, preciso verificar no mínimo se não estou fazendo isso à custa de alguém em cujos ombros esteja pisando. Que eu saia de cima dele é necessário para que ele também possa estar livre para fazer suas considerações”.


Enfim, até quando vamos procurar justificativas para não agir? Até quando vamos deixar de sermos sujeitos de nossa própria história?


Os problemas estão aí, diante de nós. Cabe a cada um escolher a postura que irá adotar diante deles....no entanto, qualquer que seja nossa decisão, seremos afetados por suas consequências. E aí?Qual a sua?

6 comentários:

Bruna disse...

mãos à luta, pelos teclados que seja!

= )

Lívia disse...

Importante pensar... por que afinal muitos não participam, não se envolvem. Será pura indiferença? Ou talvez falta de informação e até mesmo medo?

Mãos à obra =D!

Alexandre disse...

Contem com as minhas também! :)

Logo logo esse espaço será um bem formado centro de discussão e informações pra questão do trato do meio ambiente de uma perspectiva socio-antropológica.

(Corrijam se eu estiver errado. rs)

Lívia disse...

"Eu não conheço depositário mais seguro do poder mais alto da sociedade que o próprio povo e se pensamos que não suficientemente ilustrados para exercer esse controle com total discrição, o remédio não é tirá-lo deles, mas sim informá-los disso." (Thomas Jefferson, 1820)

=)

Emanuel Fonseca Lima disse...

: ) Fiquei feliz com os comentários!
Só respondendo algumas questões:
1. Porque mts não participam? A resposta é simples: um misto de desinformação, preguiça intelectual e comodismo. Mts sabem que o lixo está virando um problema sério na cidade de São Paulo, mas quantos efetivamente se mobilizam para adotar uma providência simples como a coleta seletiva? Isso deixa de ocorrer não só entre os não-informados, mas tb entre aqueles que têm plena consciência, mas não agem.
2. Uma forma interessante de participar seria ter o mínimo de responsabilidade em nossas escolhas. Seja na escolha de nosso candidato(avaliar bem a vida pregressa, realizações ,posicionamentos..), seja no "consumo responsável"(vale msm a pena comprar produtos, ainda q mais baratos, de uma empresa q notadamente é poluídora ou se vale de meios anti-éticos no mercado?)
São algumas pequenas posturas que podem fazer toda diferença!

Unknown disse...

e ai emanuel.
HSUpimpa o seu Blog hiem.
abraço.